Troc... troc... troc... troc...
Ligeirinhos, ligeirinhos,
Troc... troc... troc... troc...
vão cantando os tamanquinhos...
Ligeirinhos, ligeirinhos,
Troc... troc... troc... troc...
vão cantando os tamanquinhos...
Algumas vezes, em meio à correria do dia a dia, sou surpreendida pela sonoridade desses versos. Eles faziam parte do primeiro livro de poesia que usamos na escola. O que eu não sabia naquele tempo é que versos, uma vez decorados, serão irremediavelmente lembrados e que aquele primeiro raio de poesia iluminaria para sempre os nossos caminhos.
Livres tamanquinhos que cantarolavam na chuva e que na madrugada faziam troc... troc... pelas portas dos vizinhos. Expressavam uma liberdade que pouco conhecíamos e que mais tarde nos encantaríamos novamente pela forma como foi descrita pela própria Cecília Meirelles :
"Liberdade – essa palavra
que o sonho humano alimenta:
que não há ninguém que explique,
e ninguém que não entenda".
(cecília Meireles)
Stella Tavares