Eu, Stella Maris
Nunca entendi de estrelas e mares
Mas vivi grande espaço de tempo viajando
E decifrando o que me vai no íntimo
Acho que sempre gostei do avesso,
Tendência natural que me levou por caminhos
Insólitos, pouco visitados, navegados, torrentes de mim
Por um longo tempo desejei ser outra pessoa, outro tema,
Conhecer outras paisagens, possuir outro ofício,
Ter uma capa de invisibilidade ou ser igual todos os dias
Só após quatro décadas aprendi a conhecer e respeitar o barro de que sou feita,
Aliado a veias e digitais que são tão minhas
Aprendi a entender os labirintos dos meus dedos,
A extensa linha da vida e outros pequeninos sinais
que também os conheço e sei de onde vieram.
Comecei a fazer um auto-retrato como um exercício de autoconhecimento. Sempre parto do princípio de que quanto mais me conheço, me respeito, mais chance tenho de viver da maneira mais prazerosa e confortável. Conviver com um estranho sempre foi mais difícil que conviver com o melhor amigo. Ser parceiro de si mesmo, conhecer o barro do qual fomos feitos é um grande passo. Agindo assim, nunca subiremos no salto acreditando que somos a última bolachinha do pacote e estaremos conscientes que somos todos feitos do mesmo barro, mas também teremos sempre em mente que somos IMPORTANTES afinal, somos filhos de Deus!
Stella Maris Tavares Macedo (Stella Tavares)
16 comentários:
conhecer o barro de que somos feitos. sábia amiga. sábia amiga...
Stella
A unica grande vantagem do tempo é esta, reconciliar-se consigo.
Texto enternecedor.
abraço
Stella, primeiro poema aos oito anos? Admiro os poetas e já te admiro a ti. Obrigada por teres pisado o meu "palco". Voltarei com mais tempo [estou de férias].
Adorei este texto, "aprendi a entender os labirintos dos meus dedos"_______lindo!
Beijo meu
Muito legal seu post, penso por ai tambem, muitas vezes acho que se conhecermos tudo que nos envolva na natureza, conheceremos a nós mesmos que somos parte dela, e vice versa, a gente vive tentando entender planetas, estrelas e luas...beijos querida, tenha uma linda noite..
Muito bom o texto!!!
Você tem toda a razão: temos que conhecer a nós mesmos!
Temos que ser nosso melhor amigo e não um estranho indecifrável!
beijão!
Olá Stella,
Tem uma coisa boa em sermos feito de barro, estamos sempre sendo modelados, aperfeiçoados.
Abraço!
Oi,
Obrigada pela visita.
Aqui tudo é muito legal.
Sobre o post: precisamos mais do que nunca nos conhecer intimamente. Para poder compreender os outros.
Abços
Bellísimo.
Alguém já disse:"Eu sou eu e os meus avessos"Obrigada por seguir meu diário eletrônico, são só coisas que leio e me identifico.Grande bj
Um lindo dia pra ti querida, cheio de carinho e paz...beijos
Muito bom; o tempo nos ensina coisas...
Belissimo texto Stella!...
Ás vezes precisamos de andar no avesso de nós próprioa para nos descobrirmos verdadeiramente quem somos!...
Um beijo...
Quando sabemos o que somos através de profunda auto-avaliação temos mais condições de conhecer nosso semelhante. O cotidiano nos ensina tanto.
Seu blog é instigante e inteligente.
Poético abraço de Gilbamar.
Sentimentos parecidos ., já os tive. Vontade ser outra,o tempo me ensinou que a hora é agora, passa.E, conhecer de que barro somos feitos é uma forma de voltar lá atráz , e tentar de novo, fazer melhor.Me identifiquei e emocionei.Obrigada pela sempre boa leitura.
Abraços
Stella
Belissimo texto!
Belissima leitura de si mesmo!
Gostei muito. Parabéns!
Navegar pela blogosfera é tudo de bom, este oceano e suas águas por vezes, nos trazem a portos lindos como este teu aqui...
GRato
Gilberto
Nel mezzo del cammim
"Por um longo tempo desejei ser outra pessoa, outro tema, Conhecer outras paisagens, possuir outro ofício, Ter uma capa de invisibilidade ou ser igual todos os dias..."
Tanto tempo vivi assim. É sempre muito bom passar aqui.
Beijos e bom fim de semana
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