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Romance escrito em tempo real

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Osvaldo França Jr- Uma doce lembrança



Foi na década de 80 que comecei a freqüentar as rodas literárias de Belo Horizonte levada por minha irmã, Dora Tavares. A mesma irmã que me apresentou aos livros também se encarregou de apresentar-me a grandes autores. Foi na época em que ela lançou o seu primeiro livro de poesia “O Resgate da Palavra.” Morávamos juntas e enquanto ela gestava idéias e poemas para o seu segundo livro, “Pássaro em Diagonal”, freqüentávamos lançamentos de outros autores, debates, palestras. Assim, tive o doce e inesquecível prazer de conhecer Osvaldo França Jr. Lembro-me da grande emoção que senti ao ver aquele gentil homem que tinha o dom de encantar. Dono uma simplicidade comovente. Figura fácil em todos os lançamentos de livros. Não importava se o convite houvera partido de um autor renomado ou estreante. O passaporte para sua presença sempre foi um simples convite. O seu largo sorriso espargia simpatia por onde passava. Por ocasião de sua morte foi uma comoção geral, uma dor intensa que não vinha exclusivamente pela perda do grande autor A dor maior era pensar que, a partir daquela data, não mais poderíamos contar o sorriso que iluminava e preenchia qualquer ambiente. Pessoas assim deixam um tipo de saudade que nem o tempo com o seu poder anestésico consegue amenizar. Dura constatação de sua ausência e a certeza de que, pelo resto de nossos dias, todas as vezes que nos lembrarmos do “França”, como era carinhosamente chamado, a primeira imagem que nos virá à mente será a do seu sorriso de abre alas, de dia de sol, de noite fresca iluminada por uma lua gigantesca. Vai-se o autor e ficam as obras. Graças a Deus que ficam! Grandes obras desse espetacular escritor mineiro. .
Stella Tavares

Sua obra:
O Viúvo (1965)
Jorge, um brasileiro (1967)
Um Dia no Rio (1969)
O Homem de Macacão (1972)
A Volta para Marilda (1974)
Os Dois Irmãos (1976)
Aqui e em outros Lugares (1980)
À Procura dos Motivos (1982)
O Passo-Bandeira (1984)
Recordações de Amar em Cuba (1986)
No Fundo das Águas (1988)
De Ouro e Amazônia (1989)

9 comentários:

As Tertulías disse...

Maravilha amiga... rodas literárias... ah... como eu gostaria também de voltar no tempo as vezes...

Anônimo disse...

Olá Stella,

Belo texto sobre Osvaldo França Jr.

abçs
Adriana

J Araújo disse...

Olá Stella, que bom passar por aqui e deparar com essa resumo da vida do seu amigo. Isso demostra o apreço que vc reamente tem pelo mesmo.

Tem pessoas que mesmo depois da partida permanece em nós.

Bj

Pena disse...

Estimada Amiga Escritora de Sonho:
Fases preciosas e preciosas da vida de si com encanto e ternura. Concebe a sua literatura com caneta de ouro puro fascinante que mora no que é.
Histórias reais da sua fascinante vida que deverá dar valor dado o brilhantismo de si e do que é.
Importantes instantes.
Beijinhos amigos ao seu encanto pelo que escreve fabulosamente.
No maior respeito, estima e fascínio.
Com constante admiração.

pena

Bem-Haja, extraordinária e talentosa amiga.
Escreve maravilhosamente.

Unknown disse...

Stella minha querida, que bela homenagem de reconhecimento e saudade ao estimado escritor. Gostei de tua descrição, da pessoa que a ti transmitiu muito aprendizado e considerações várias.
Ele não se foi de fato, nas essências o retrato tão marcante do que deixou, nas linhas que lhes formaram o traço do seu sorriso, na forma de repassar a alegria de viver...

Saudades de você minha amiga e foi grande minha alegria ao ler teu comentário que é muito especial pra mim.

Belíssimo texto que escreveste como acentuo a leveza de tuas palavras tão bem colocadas.

Lindo fim de semana pra ti
Bjs
Livinha
=)

Batom e poesias disse...

Li tão pouco dele, Stella.
Que me lembre só "Jorge, um brasileiro".
Vou buscar mais...

Adorei seu livro virtual. Ando lendo devagarinho. Delícinha.

Bjs

Por toda minha Vida disse...

Passei para desejar...
Ótimo final de semana, muita paz e alegria.

Renata
http://renatagomesdefarias.blogspot.com

Jorge Sader Filho disse...

Justa, bem feita e bonita homenagem a Oswaldo França Jr.
Certa, Stella.Foi-se o homem, ficou a obra. Muito bom.

Abraço
Jorge

Primeira Pessoa disse...

tava me lembrando de frança jr no outro dia...
da morte beijada numa curva de estrada enquanto ele dirigia o carro, fumava um cigarro e tentava colocar uma fita no toca-fitas... (sim, naquele tempo tinha toca-fitas)...
é o que conta a lenda...

a lembrança dele é doce, sim.

abração do
roberto.