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Romance escrito em tempo real

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma importante decisão

Algumas pessoas têm o dom de resumir pessoas em poucas palavras. Como se tivessem uma lente própria e plenos poderes para julgar. Já ouvi definições a meu respeito de pessoas próximas que em nada se assemelhavam ao que realmente sou. Sentia-me magoada até o dia em que descobri que algumas pessoas são assim.Sentem-se extremamente confortáveis para apontar o dedo, julgar, se preocupar com a vida do outro como se disso dependesse a sua própria vida. Colocam suas vidas em segundo plano e gastam horas do seu bendito dia para falar mal, apontar defeitos e sem nenhuma modéstia, resolver a vida do outro em uma única frase. Acredito que seja uma espécie de fuga, enquanto centralizamos problemas alheios, colocamos o holofote em cima, os nossos próprios ficam confortavelmente esquecidos. Quanto tempo precioso perdem! Alguns passam a vida assim. De minha parte sempre admirei uma seleta e altiva caravana que passa em meio a cães uivadores. Prestando atenção, dá para ver claramente, que cães uivadores ficam estacionados no mesmo lugar enquanto a vida passa e a caravana, por sua vez, segue em frente em busca de caminhos. Viver é árduo, não basta apenas respirar. Temos nossos quereres para buscar, nossos filhos para criar e sempre resgatando em nós o que de melhor existe para norteá-los. Necessitamos valorizar o essencial, estar sempre abertos para aprendizados. Ufa! Não me sobra tempo para perder falando mal desse ou daquele, focando em defeitos alheios. Tenho os meus próprios para lapidar. De tudo isso, o que de mais importante fica é a escolha: decidi fazer parte da caravana. Até o último dos meus dias.
Stella Tavares

10 comentários:

Helcio Maia disse...

Minha cara(vana),
assim procedem alguns, acometidos pela síndrome do vazio existencial, que os leva a tentar encher de nada esse vazio e acreditar que é tudo normal.
Abraço!

As Tertulías disse...

Minha querida, como concordo... sabe, esta era uma coisa que sempre me desagradou no Brasil. Sim, no Brasil. Este "disse-me-disse", esta preocupacao com a vida alheia, esta "fofoca" toda... Quando vou aí e me pegam para querer falar mal de alguém eu geralmente respondo: "Aiii... desculpe... Me perdoe, mas eu nao costumo falar dos outros... Sabe, a MINHA vida é muito interessante demais para eu me ocupar da vida dos outros... ".

Como se dizia?
"Para bom entendedor meia palavra basta", nao é assim? Beijo
Ricardo
P.S. curioso para saber tua opiniao sobre minha postagem atual...

Eduardo Montanari disse...

Pois é, eu ainda sofro muito com isso. Por que sou uma pessoa franca, me jugam de falso e porque sofro de depressão dizem que sou fresco e dramático.
Já perdi bastante tempo tentando provar pras pessoas que não sou assim ou assado, mas hoje me cansei. Que me julguem e pensem de mim o que quiserem. Estou pouco me lixando.

Anônimo disse...

Há tantas pessoas com esse dedo podre e essa língua de cobra que dá até calafrios.

Bem-ditas as suas palavras, Stella.

Beijos.

chica disse...

Bah, não dá pra aguentar mesmo.Não temos tempo nem paciência pra isso!
Tomaste a decisão certa:seguir em buscada tuas coisas e vida e o resto, fica...um beijo,tudo de bom,chica

♪ Sil disse...

Stella querida!
Você é uma querida mesmo sabia?
Sempre tão carinhosa no meu blog, que é seu tbm.
E olha: Tbm quero seguir a caravana.

Um abraço transbordando carinho!!!

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Stella! Acho que tomaste a decisão mais acertada. Lembro-me quando ainda jovem, tinha um amigo e cliente, procurador do antigo IAPI que um belo dia me falou: "Olha Furtado, quando a gente não puder falar de bem de uma pessoa, de mal a gente não fala".

Beijos e ótimo final de semana pra ti e para os teus.

Furtado.

AC disse...

Por aqui costuma dizer-se que os cães ladram e a caravana passa.
Posso dar-lhe um conselho? Não olhe para trás. Vai ver que deixe de ouvir os cães.

Abraço

Ivan Bueno disse...

Oi, Stella.

Acabo de chegar aqui ao seu espaço e este foi o primeiro texto que olhou pra mim e me disse "Psiu, leia aqui!", então li.

Ele me fez lembrar de dois textos-poemas que escrevi em meu blog (onde você esteve e já me segue). Os poemas dos quais me lembrei foram:

- ROTULAÇÃO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2010/01/rotulacao.html) e

- APONTA-ME O DEDO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2009/12/aponta-me-o-dedo.html).

Em ambos falo desta necessidade que as pessoas têm de nos apontar o dedo e/ou de nos rotular segundo projeções que elas fazem a partir de seus próprios pensamentos em nós. Freud explica! É um incômodo constante, mas normal, não deixando de ser incômodo por ser normal, corriqueiro.

Somos um pouco do que vêem e dizem, mas somos um tanto mais do que não vêem e não dizem. Também somos algumas coisas que vamos descobrindo com o tempo, e aí me lembre do meu escrito abaixo:

- QUANTO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2010/02/quanto.html)

Vamos vivendo, nos conhecendo melhor, amadurecendo, metamorfoseando neste amadurecimento, nos conhecendo mais e nos reconhecendo. Simultaneamente, às vezes, vamos nos (des)conhecendo. É parte do processo de ser humano pensante vivente sofrente carente.

Adorei o título do seu blog, pois me identifiquei com ele. Preocupa-me quem não se sabe, não ao todo, mas em partes, inseguro. Quem não se sabe inseguro ou mente ou não se sabe nada.

Enfim, sigo lendo e obrigado pela sua visita lá ao meu Empirismo Vernacular. Seja bem vinda, leia e comente, também.

Para comentar este seu texto, além do escrito, pela identificação, recorri a outros escritos meus. Deixe lá, em cada um sua impressão.

Boa descoberta esta aqui e bom ser descoberto.

Beijo grande,

Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com

► JOTA ENE ◄ disse...

ººº
Não venho para julgar apenas para manifestar o meu agrado.