Algumas pessoas têm o dom de resumir pessoas em poucas palavras. Como se tivessem uma lente própria e plenos poderes para julgar. Já ouvi definições a meu respeito de pessoas próximas que em nada se assemelhavam ao que realmente sou. Sentia-me magoada até o dia em que descobri que algumas pessoas são assim.Sentem-se extremamente confortáveis para apontar o dedo, julgar, se preocupar com a vida do outro como se disso dependesse a sua própria vida. Colocam suas vidas em segundo plano e gastam horas do seu bendito dia para falar mal, apontar defeitos e sem nenhuma modéstia, resolver a vida do outro em uma única frase. Acredito que seja uma espécie de fuga, enquanto centralizamos problemas alheios, colocamos o holofote em cima, os nossos próprios ficam confortavelmente esquecidos. Quanto tempo precioso perdem! Alguns passam a vida assim. De minha parte sempre admirei uma seleta e altiva caravana que passa em meio a cães uivadores. Prestando atenção, dá para ver claramente, que cães uivadores ficam estacionados no mesmo lugar enquanto a vida passa e a caravana, por sua vez, segue em frente em busca de caminhos. Viver é árduo, não basta apenas respirar. Temos nossos quereres para buscar, nossos filhos para criar e sempre resgatando em nós o que de melhor existe para norteá-los. Necessitamos valorizar o essencial, estar sempre abertos para aprendizados. Ufa! Não me sobra tempo para perder falando mal desse ou daquele, focando em defeitos alheios. Tenho os meus próprios para lapidar. De tudo isso, o que de mais importante fica é a escolha: decidi fazer parte da caravana. Até o último dos meus dias.
Stella Tavares
10 comentários:
Minha cara(vana),
assim procedem alguns, acometidos pela síndrome do vazio existencial, que os leva a tentar encher de nada esse vazio e acreditar que é tudo normal.
Abraço!
Minha querida, como concordo... sabe, esta era uma coisa que sempre me desagradou no Brasil. Sim, no Brasil. Este "disse-me-disse", esta preocupacao com a vida alheia, esta "fofoca" toda... Quando vou aí e me pegam para querer falar mal de alguém eu geralmente respondo: "Aiii... desculpe... Me perdoe, mas eu nao costumo falar dos outros... Sabe, a MINHA vida é muito interessante demais para eu me ocupar da vida dos outros... ".
Como se dizia?
"Para bom entendedor meia palavra basta", nao é assim? Beijo
Ricardo
P.S. curioso para saber tua opiniao sobre minha postagem atual...
Pois é, eu ainda sofro muito com isso. Por que sou uma pessoa franca, me jugam de falso e porque sofro de depressão dizem que sou fresco e dramático.
Já perdi bastante tempo tentando provar pras pessoas que não sou assim ou assado, mas hoje me cansei. Que me julguem e pensem de mim o que quiserem. Estou pouco me lixando.
Há tantas pessoas com esse dedo podre e essa língua de cobra que dá até calafrios.
Bem-ditas as suas palavras, Stella.
Beijos.
Bah, não dá pra aguentar mesmo.Não temos tempo nem paciência pra isso!
Tomaste a decisão certa:seguir em buscada tuas coisas e vida e o resto, fica...um beijo,tudo de bom,chica
Stella querida!
Você é uma querida mesmo sabia?
Sempre tão carinhosa no meu blog, que é seu tbm.
E olha: Tbm quero seguir a caravana.
Um abraço transbordando carinho!!!
Olá Stella! Acho que tomaste a decisão mais acertada. Lembro-me quando ainda jovem, tinha um amigo e cliente, procurador do antigo IAPI que um belo dia me falou: "Olha Furtado, quando a gente não puder falar de bem de uma pessoa, de mal a gente não fala".
Beijos e ótimo final de semana pra ti e para os teus.
Furtado.
Por aqui costuma dizer-se que os cães ladram e a caravana passa.
Posso dar-lhe um conselho? Não olhe para trás. Vai ver que deixe de ouvir os cães.
Abraço
Oi, Stella.
Acabo de chegar aqui ao seu espaço e este foi o primeiro texto que olhou pra mim e me disse "Psiu, leia aqui!", então li.
Ele me fez lembrar de dois textos-poemas que escrevi em meu blog (onde você esteve e já me segue). Os poemas dos quais me lembrei foram:
- ROTULAÇÃO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2010/01/rotulacao.html) e
- APONTA-ME O DEDO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2009/12/aponta-me-o-dedo.html).
Em ambos falo desta necessidade que as pessoas têm de nos apontar o dedo e/ou de nos rotular segundo projeções que elas fazem a partir de seus próprios pensamentos em nós. Freud explica! É um incômodo constante, mas normal, não deixando de ser incômodo por ser normal, corriqueiro.
Somos um pouco do que vêem e dizem, mas somos um tanto mais do que não vêem e não dizem. Também somos algumas coisas que vamos descobrindo com o tempo, e aí me lembre do meu escrito abaixo:
- QUANTO (http://eng-ivanbueno.blogspot.com/2010/02/quanto.html)
Vamos vivendo, nos conhecendo melhor, amadurecendo, metamorfoseando neste amadurecimento, nos conhecendo mais e nos reconhecendo. Simultaneamente, às vezes, vamos nos (des)conhecendo. É parte do processo de ser humano pensante vivente sofrente carente.
Adorei o título do seu blog, pois me identifiquei com ele. Preocupa-me quem não se sabe, não ao todo, mas em partes, inseguro. Quem não se sabe inseguro ou mente ou não se sabe nada.
Enfim, sigo lendo e obrigado pela sua visita lá ao meu Empirismo Vernacular. Seja bem vinda, leia e comente, também.
Para comentar este seu texto, além do escrito, pela identificação, recorri a outros escritos meus. Deixe lá, em cada um sua impressão.
Boa descoberta esta aqui e bom ser descoberto.
Beijo grande,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
ººº
Não venho para julgar apenas para manifestar o meu agrado.
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